terça-feira, 6 de maio de 2008

Remanescentes de quilombo em Palmas-PR passam por verificação de Instituto e recebem elogios


Por Larissa Mazaloti

Recebendo outro órgão do Governo, comunidade quilombola de Palmas assegura a luta pela titulação, sendo reconhecida como exemplo de organização

Na semana passada, agentes de campo do Grupo de Trabalho Clóvis Moura (GTCM) foram acolhidos na comunidade quilombola de Palmas – PR, Adelaide Maria Trindade Batista, onde realizaram um novo levantamento de dados, o mesmo que foi feito há dois anos. A intenção agora é a verificação das informações para o banco de dados do órgão, que é um instituto governamental, criado para dar sustentação aos projetos referentes aos remanescentes de quilombos, do governo federal que iniciaram em Salvador, na Bahia. Compõem o instituto, órgãos do Estado como secretarias, Polícia Militar e companhias de serviços.
A agente Eunice Souza Paula explica que a função do GTCM é identificar, diagnosticar e assistir às comunidades, como esta de Palmas que já foi reconhecida há três anos. “Estar reconhecido já é uma pré-conquista”, comenta. O processo dos territórios quilombolas se dá pelo reconhecimento, a demarcação e por fim, a titulação, que é o foco principal de toda comunidade. “Isso garante identidade própria”, salienta.
Eunice relata que em alguns locais de outros municípios, ainda não houve o auto-reconhecimento, sendo que questões pontuais como o preconceito, fazem com que os próprios quilombolas reneguem esta condição. No entanto, elogiam Palmas no sentido da organização e da fixação desta identidade quilombola e negra.
Para o agente Agnaldo José de Souza, as comunidades quilombolas são ainda em sua maioria, rurais, porém, há casos como a da Adelaide Maria Trindade Batista, que por conta do crescimento do município se estabelece hoje, como área urbana.
Ambos enfatizam a importância da cultura como meio de identificação da comunidade e afirmam que o Instituto subsidia e divulga isso para que o quilombo permaneça.


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