quarta-feira, 14 de maio de 2008

1º ato de 13 de Maio: quilombolas reúnem cerca de 300 pessoas em Palmas

Aproximadamente 300 pessoas ocuparam a arquibancada da quadra de esportes da escola São Sebastião do Rocio, ontem (13) para o ato de reflexão a respeito da abolição da escravatura no Brasil e apresentações culturais das comunidades quilombolas de Palmas.
O evento, preparado por lideranças da própria comunidade e o primeiro em termos de luta, visava criar um espaço em que a cultura negra dos quilombos se expandisse à sociedade e integrasse as três comunidades remanescentes em Palmas. O objetivo foi cumprido.
Estiveram presentes, além da comunidade negra, moradores dos bairros São Sebastião do Rocio e Fortunato, e ainda representantes de órgãos como o Unics (Centro Universitário Católico do Sudoeste), o departamento de Cultura de Palmas, Escolas Nossa Senhora de Fátima e São Sebastião do Rocio, Câmara de Vereadores, TV Sudoeste, Fadep (Faculdade de Pato Branco) e Jornal Folha de Palmas.
A noite, que iniciou com uma pequena parte do que é a luta dos quilombolas tratou da resistência dos negros para preservação da cultura e da farsa que foi o 13 de Maio e que reflete até hoje na vida dos descendentes afro-brasileiros do Brasil. Diversas apresentações entre dança, música e capoeira levaram ao público o encanto e a mística presente nas comunidades quilombolas. Todo o público fez parte da roda de capoeira, ajudando nas Palmas e formando uma mistura de raças e descendências.
As três comunidades, Adelaide Maria Trindade Batista, Castorina Maria da Conceição e Tobias Ferreira fizeram uma partilha simbólica de alimentos como bolo de fubá e canjica, ambos alimentos típicos dos escravos e que significaram a vivência comunitária peculiar aos quilombos da época escravista.
As lideranças da comunidade Adelaide Maria Trindade, organizadores do evento demonstraram satisfação com o público e com o desenvolvimento do ato, deixando no ar a pergunta “qual é a liberdade que temos?”, além de anunciar que para novembro, no dia da Consciência Negra, uma grande mobilização deve acontecer em Palmas.

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